Acabei de ler algo sobre o planeta amor e seus tenebrosos satélites e a fatal solidão com seu chicote infalível de aço, ah... Não estou aqui para criticar o trabalho de ninguém. Sou por mais leitura e livros na estante. Mas... ando cansada de ver a palavra Amor fazendo jogo com o obscuro, com coisa pesada, sem luz.

          Em se tratando de casal e relação amorosa, o ideal é alcançar a pessoa amada com a pontinha dos dedos e... com tudo, sabe? E como eu sei... Mas, em caso de ausência desta, é preciso gerenciar a relação de si mesmo com o resto de tudo o que sobra, subtraindo a desejada figura ausente. Quem se propor a isso, vai ver que 24 horas e 12 meses são um grãozinho de arroz no oceano. Todo dia, fico assustada com o tempo: acordo e... nossa! Tá na hora de dormir.

          Por que solidão?

          Minha gana de viver é tanta que, se eu pudesse, transformava o tempo, acrescentava  mais dias na semana e até meses ao ano. O Natal está chegando muito rápido.  Mal dá tempo para pensar nos presentes, na decoração e na ceia.

          Não é que eu tenha a pretensão de escrever um manual do bem-estar ou ministrar receitinhas medíocres de felicidade. O que eu tenho mesmo é 6.7 na contagem do tempo e a certeza de que devo me encaixar, com urgência, na garupa ensolarada do dia. Optar por cultura, saúde e alegria, é uma forma de amar a si mesmo e esbanjar milhões de motivos para ser amada.