Sempre ouvi falar  na estória de que devemos conhecer bem uma pessoa, antes de maiores envolvimentos, seja lá por que motivo.

          Eu não conheço bem nem a mim mesma; e tenho minhas dúvidas quanto ao direito de me aprofundar em um ser e atravessar suas fronteiras, como se fosse um agente da polícia judiciária à caça de um criminoso. Me atenho muito aos satélites da convivência. Caminhar lado a lado, sem atropelos, já me basta.

          Sócrates recomenda o autoconhecimento; e a família recomenda ficar de olho no próximo. Mas quem procura acha. Vai que eu dê de cara com um urso brabo hibernando no outro e ele acorde... vai que eu encontre um ogro em estado de coma dentro de mim e ele se erga de imediato...

          Melhor não escavar muito o território humano. Viver é complexo demais. Implica aceitação, resiliência, grana para análise e viagens relaxantes...

          Que os fantasmas se acomodem amordaçados em meus abissais ou esmagados nos anéis de Troia que formam a minha mente misteriosa e "amiguinha"!